Congresso ABIA traz discussões com tema “Conectar para vencer”
“Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos”. A frase do especialista em liderança Warren Bennis deu o tom do 11º Congresso Internacional de Foodservice da ABIA. O evento tem apoio da Galunion e o tema da edição 2018 foi “Conectar para Vencer”. Por isso, o coordenador da comissão de Foodservice da ABIA, Daniel Silva, usou a frase de Bennis em sua palestra.
O evento aconteceu no dia 4 de outubro no Centro Universitário Senac Santo Amaro. Foi um dia inteiro de debates e apresentações sobre assuntos que envolvem todos os elos da cadeia de valor. A Galunion participou da mediação de dois painéis, com a consultora Claudia Algranti e a CEO Simone Galante.
Ao mesmo tempo, estivemos presentes em todas as discussões que aconteceram no congresso, acompanhando as principais falas e tendências. Quer saber o que surgiu de mais relevante no evento? A gente conta para você!
Abertura: novidades na rotulagem
João Dornellas, novo presidente executivo da ABIA, abriu os trabalhos com sua apresentação. Ele ressaltou o crescimento de 346% do setor nos últimos 10 anos, bem como o aumento nas vendas.
O palestrante compartilhou a experiência da ABIA no desenvolvimento de um novo modelo de rotulagem junto com a Anvisa. “É um momento importante para a indústria. Temos a oportunidade de fazer inovação de fora para dentro”.
O principal ponto da nova rotulagem frontal é não ser alarmista e sim informativa, trazendo as porcentagens de cada ingrediente. Isso porque, segundo Dornellas, os modelos de alerta são tuteladores, causam pânico e podem “vilanizar” os produtos.
Dados do Mercado Brasileiro: perspectivas e oportunidades
Em seguida, foi a vez de Daniel Silva, coordenador da comissão de Foodservice da ABIA. Ele apresentou os principais indicadores do país e também do setor. Assim como Dornellas, Silva falou do aumento do consumo fora do lar, já que em média 35% do gasto total do brasileiro é com alimentação.
Entre os fatores que impulsionaram esse crescimento, Silva apontou o aumento da participação feminina na economia e no consumo, o aumento e o envelhecimento da população em geral e também a urbanização. E o cenário de futuro é promissor, com a retomada da economia e, consequentemente, do consumo.
Ao falar de tendências, o palestrante trouxe a questão da mudança demográfica, que cria um ambiente interessante e diverso de consumidor. Por um lado, existem os millenials e suas preferências por experiência, velocidade e exclusividade. Por outro lado, a população mais sênior valoriza a confiabilidade e a lealdade de marca, bem como tocar e sentir os produtos.
Outras inclinações do mercado destacadas por Silva foram a saudabilidade e, principalmente, o delivery, que cresceu 105% em apenas um ano. O modelo funciona muito bem porque, segundo ele, o consumidor quer conveniência e agilidade. Por fim, o palestrante ressaltou a importância de conectar todos os elos da cadeia para poder oferecer o melhor ao consumidor.
Palestra Motivacional: Santiago de Compostela
Flora Alves, sócia-fundadora da SG Treinamentos, trouxe lições para o mundo corporativo de sua peregrinação em Santiago de Compostela. Antes de mais nada, sugeriu um exercício para o público: pegar seus celulares, entrar no aplicativo do LinkedIn, ligar o bluetooth e ativar um botão para se conectar com quem estava perto. Em poucos segundos, todos estavam se adicionando na rede social corporativa.
Logo depois, ela contou sua trajetória e de que forma o caminho de Santiago se apresentou como uma pausa necessária. Assim, foi explicando cada parte de sua jornada e trazendo os ensinamentos tanto pessoais quanto profissionais. Um dos grandes aprendizados é estar sempre preparado para a mudança. Outro é analisar os cenários para reconhecer gaps e focar em fortalezas.
Comissarias e cozinhas centrais
Com moderação de Claudia Algranti, consultora da Galunion, o painel girou em torno das experiências de quatro importantes representantes de comissarias e cozinhas centrais do foodservice. Eles trouxeram as principais necessidades deste elo da cadeia, sem deixar de mostrar realidades bastante diversas dentro da categoria.
Sidney Lima, diretor do Habib’s, falou sobre a experiência da rede ao multiplicar centrais de produção, que hoje somam 10 unidades. Entre as vantagens levantadas por ele estão garantir os padrões dos produtos, bem como seu frescor. Outro ponto é diminuir os custos com apoio da regionalidade e de parceiros nacionais. Por fim, há ainda a defesa tributária e fiscal.
Sergio Kuczynski, diretor do Arábia, explicou que sua cozinha central foi criada inicialmente para atender o mercado externo. Com a expansão de seu negócio, a estrutura também passou a atender as lojas próprias. Quando a consultora da Galunion Claudia Algranti perguntou sobre a questão do custo fixo da cozinha central, Kuczynski respondeu que a equação consiste em ampliar o fornecimento para o varejo, supermercados e outros parceiros a fim de gerar receita.
Danilo Lencioni, diretor de vendas da LSG Sky Chefs, contou que a empresa está presente em mais de 70 países. Por aqui, eles produzem 40 mil refeições por dia só no aeroporto de Guarulhos. Lencioni explicou que a operação é dividida, porque o aéreo exige flexibilidade máxima: as refeições podem ser pedidas até duas horas antes do embarque.
Fernando Edittore, diretor industrial da Casa do Pão de Queijo, mostrou a trajetória da empresa, cuja cozinha central passou por várias fases até virar uma indústria com linhas de alta capacidade. Na fábrica, que também é central de distribuição, são produzidas 50 mil unidades de pão de queijo por hora.
Distribuição, palestra internacional, multifranqueados e metodologias ágeis
A segunda parte do Congresso da ABIA começou com um painel sobre oportunidades no setor de distribuição. Também contou com a palestra internacional de Samuel Stanovich, diretor responsável pela liderança e desenvolvimento da marca Firehouse Subs e membro da NRA. Para saber mais sobre esses e outros conteúdos apresentados no evento fique ligado no blog da Galunion!