Para nós da Galunion, inovação é toda mudança que gera resultados novos. Mas e gelo, será que pode dar novos resultados no foodservice?

Como usar gelo no foodservice

Quando pensamos em formas de gerar mais resultado, nos deparamos com as reflexões sobre tecnologia, além do famoso “básico bem feito”. Por isso, investigamos o mercado de foodservice a fim de entender as funções e oportunidades da utilização do gelo.

Os principais usos que identificamos foram os seguintes:

• Restaurantes em geral: aparece no serviço de bebidas, especialmente refrigerantes e sucos em copo e também em baldes para refrigeração de cerveja. Outro uso recorrente é nos drinks, em que o gelo muitas vezes é o protagonista
• Padarias: além do uso nas bebidas, também desempenha a função de resfriar água ou manter a temperatura da massa para controlar o processo de fermentação
• Lojas de conveniência: é vendido para o consumidor final, que passa para buscar gelo para churrasco, comemorações ou até mesmo uso doméstico
• Cinemas: é utilizado da mesma forma em bebidas, sendo importantíssimo para a manutenção da carbonatação dos líquidos durante todo o filme
• Hotelaria e Buffets: muitas vezes é útil para a manutenção de buffets na temperatura adequada, em especial em áreas remotas onde não há disponibilidade de rede elétrica, ou quando se deseja estimular o consumo
• Na mobilidade: ajuda a controlar a cadeia de frio onde não há outras tecnologias disponíveis – nos carrinhos ambulantes e no transporte, por exemplo.
  
  
  

Gelo para aumentar vendas

A seguir, destaco algumas maneiras de usar o gelo em produtos específicos. Confira:

• Refrigerantes

Os consumidores desejam um produto com sabor, carbonatação e temperatura corretas. Então, o papel do gelo é fundamental. Quando é bonito, íntegro e translúcido, valoriza a bebida e remete à segurança alimentar. Por outro lado, o gelo grudado, esbranquiçado, leitoso e com aparência irregular remete a descuido e desconfiança.

• Cervejas e o balde de gelo

Aqui a oportunidade é imensa! Quem nunca foi a um bar, pediu uma cerveja, recebeu um balde e acabou consumindo três ou quatro garrafas? Em baldes de 5 litros cabem cerca de 2 kg de gelo. Alguns podem dizer que existe um custo para usar este gelo, o que é verdade. Mas imagine que produzir 1 Kg custe em torno de R$ 0,20. Assim, gasta-se R$ 0,40 para conseguir vender algumas garrafas a mais. Portanto, o custo vira lucro.

O ponto é que o balde com gelo gera um progresso para o negócio. Isso porque otimiza a brigada, não se perde tempo ou temperatura, é fácil de controlar e ainda permite vender combos antecipadamente para estimular o consumo das bebidas. Por exemplo, há um restaurante em Maceió que é campeão de vendas de espumante no Brasil. Tudo porque mantém uma produção contínua e eficiente de gelo para sempre ter baldes à vontade.

Da mesma forma, o balde de gelo é uma oportunidade para lojas de conveniência e postos de estrada, na medida em que aumenta as vendas de água no caixa. Quem resistiria a uma garrafa de água geladinha espetada no balde de gelo, com a atendente dizendo: “Não gostaria de uma garrafa de água gelada para sua viagem?”

Drinks & Mixologia

O gelo faz a diferença nos drinks. Gelos sólidos e grandes cubos valorizam como nunca um belo uísque ou um coquetel signature. Eles demoram mais para derreter, proporcionam um preenchimento volumétrico importante e geram lucro relevante para bares, gastrobares e restaurantes.

Outra possibilidade interessante são os drinks feitos com gelos mastigáveis, isto é, um floco prensado. Ele é feito 95% de gelo, na realidade, e absorve bem a bebida, o que pode gerar um apelo de venda adicional. Tudo por conta de um consumidor que adora mix de texturas e experiências.

Frescor através do gelo

O consumo de gelo em flocos em pontos de venda, buffets e balcões expositores, ou mesmo em carrinhos móveis, gera um apelo de frescor maravilhoso. Mais interessantes do que as placas de gelo em camadas, os flocos permitem moldagem e acomodação para os mais diferentes tipos de produtos: jarras, garrafinhas, potes com sobremesa.

Também favorecem a mobilidade, já que é só ajustar um gotejamento e dreno no projeto do mobiliário ou carrinho. Está com sede? Quer algo gelado? Vai servir um sorvete? Assim, certamente a compra será impulsionada e servida com qualidade

Gelo: como diminuir custos

Veja dicas para economizar e otimizar os gastos com este produto.

• Fabricar ou comprar pronto?

Temos visto vários cases de sucesso de empresas que investem em adquirir suas próprias máquinas de gelo. Existem vários pontos de atenção, e do ponto de vista financeiro pode ser um ótimo negócio adquirir máquinas que possuem tecnologia e trazem produtividade para a operação. Mas o que devemos levar em conta? Como comparar?

• Os principais pontos de oportunidade

Lembre destes pontos ao fazer o cálculo do que vale a pena para o seu negócio:

1) Produtividade tem relação clara com disponibilidade. O que custa ao seu negócio “faltar gelo”? Um bom planejamento e espaço adequado para estocagem resolvem o seu problema, e o negócio fica “na sua mão”.

2) Pense sempre na gestão do gelo, pois a etapa do planejamento acontece em qualquer das opções. Se for adquirir, tome os seguintes cuidados:

• Fazer pedido e planejamento das compras
• Destacar equipe para receber rapidamente o produto
• Transportar o gelo até o estoque/freezer
• Verificar se o freezer (às vezes dado em comodato) tem boa performance térmica e calcular os gastos de energia por mês com este equipamento
• Manusear e conferir a quantidade do produto x nota fiscal x pedido x cobrança.
• Controlar a qualidade do fornecedor e do produto.
  
  

3) Caso opte por adquirir uma máquina de fabricar gelo, leve em conta os seguintes aspectos:

• Procure uma máquina que consuma pouca energia
• Certifique-se de quanto irá gastar de água e de luz
• Converse com clientes do fabricante do equipamento para entender como é a manutenção da máquina e se recomendam o produto
• Planeje o tamanho da máquina de acordo com a necessidade do seu negócio, e confira se ela possui o reservatório para guardar gelo pronto, para estocar. Assim, a máquina pode produzir no período noturno e guardar o que for produzido, sem depender de alguém para retirar ou embalar este produto para estocagem
• Tenha cuidado com as boas práticas, que são necessárias para tudo. A qualidade da água deve ser potável e o manuseio feito com pá sempre limpa.
  
  

4) Em qualquer caso, ensinar seu time a manusear corretamente é um imperativo. Afinal, não queremos mãos sujas ou gente jogando “sacos de gelo” no chão para quebrar os blocos com risco de romper a embalagem. Aliás, este é um dos bons motivos para você preferir fabricar gelos que saiam individuais e íntegros. A diferença de qualidade é enorme.

• Gelo como sustentabilidade: cases relevantes
  
  

Cada vez mais ter negócios sustentáveis significa ampliar o pensamento, considerando formas de ajudar a sociedade e a comunidade do entorno, para afetar positivamente o ecossistema em que estamos inseridos.

O WalMart fez um estudo e implantou máquinas de fabricar gelo em suas lojas. Com isso, retirou dezenas de caminhões que transportavam gelo, gerando uma economia total de custos de transporte e impacto ao meio ambiente. Hoje, a empresa usa máquinas de autosserviço, que embalam automaticamente o produto vendido ao consumidor também.

Muitas redes de loja de conveniência e supermercados têm analisado estas opções por aqui. Isso nos leva a acreditar que podemos nos inspirar e reduzir impactos no meio ambiente e ao mesmo tempo gerar mais vendas e reduzir custos para os estabelecimentos de foodservice.

E você, tem algum caso de sucesso com gelo para nos contar? Qual inovação com este produto no foodservice deu o melhor resultado para o seu negócio?