Mercado de foodservice: como foi o primeiro semestre de 2018
Desafios e oportunidades marcaram a primeira parte do ano no mercado de foodservice. Questões como a greve dos caminhoneiros e a retomada da economia brasileira tiveram um impacto nos resultados dos negócios de alimentação fora do lar.
Para entender esse cenário, a Galunion conversou com três especialistas do setor. A conversa aconteceu durante o Galunion Insights, que reuniu profissionais de diversas áreas do foodservice. Confira a opinião dos nossos entrevistados!
Retomada do crescimento
Cleber Sabonaro, economista da ABIA
“O mercado de foodservice veio de uma recuperação e continuou crescendo no primeiro semestre. Sentiu a greve dos caminhoneiros, que afetou a produção e distribuição de alimentos, mas os efeitos foram proporcionalmente menores que em outros setores.
O foodservice é intimamente ligado a emprego e renda, duas variáveis que, apesar de sofrerem com a desaceleração da economia, tendem a se recuperar. Isso vai fazer com que o mercado de foodservice volte a ser estimulado com maior ímpeto. Ele continua em ascensão, mas teve uma pausa na velocidade de crescimento, e a perspectiva é que volte a crescer.”
Hora de fazer a “lição de casa”
João Baptista, Diretor de Franquias e Expansão da Rei do Mate
“O primeiro semestre foi extremamente desafiador por uma série de fatores. A retomada da economia aconteceu, não como todo mundo imaginava, mas o ambiente é de melhora. Com isso, as redes precisam ter ainda mais foco na gestão e no controle, e muita paciência.
É hora de fazer a lição de casa e se estruturar para fazer frente. Não podemos deixar de investir no processo de transformação do modelo de negócio, porque essa é a oportunidade de arrumar a casa. Se a retomada acontecesse lá atrás, como se imaginava, talvez a gente deixasse de fora da agenda algumas mudanças que são necessárias e eminentes.
E as principais redes estão trabalhando nisso, tanto na parte de produto, jornada do consumidor, como em meios de pagamento, marketplace e produtividade. Não adianta chorar, porque os modelos de negócio estão mudando na mesma proporção em que o consumidor e o mercado. A maneira de comer continua a mesma só no processamento biológico, todo o resto está mudando.”
Movimentação do mercado de foodservice
João Carlos Peres, presidente do Sindal
“No setor de maquinário e equipamento, os três primeiros meses do ano não foram fortes, como já é de costume. O calendário das feiras, FIPAN e Fispal, inicia o processo de movimentação do mercado de foodservice e, consequentemente, gera um aquecimento forte no nosso segmento. É quando os empresários começam a investir, a procurar.
O resultado da FIPAN, por exemplo, foi excelente. As nossas associadas saíram muito confortáveis, com bastante pedido, algumas bateram recorde de participação. Então o mercado está se movimentando bem.”
E você, o que achou dessas opiniões? Conte para nós como foi o primeiro semestre de 2018 para o seu negócio!