“Cozinha compartilhada é um modelo de negócio que cresceu na pandemia”
Em matéria do Mais Você, Simone Galante comenta sobre crescimento das cozinhas compartilhadas durante a pandemia e sua importância neste novo contexto
O programa Mais Você, exibido na Globo e apresentado por Ana Maria Braga, exibiu na penúltima sexta-feira (16) uma reportagem a respeito das cozinhas compartilhadas, as famosas dark e cloud kitchens que ascenderam vertiginosamente em função da pandemia de COVID-19.
Entre os convidados para comentar sobre o tema estavam Simone Galante e Tatiana Lanna – executiva da cloud kitchen da Liv Up e também convidada do nosso webinar Papo de Delivery, disponível no canal do YouTube da Galunion Consultoria!
Crescimento acelerado e evolução do mercado
A reportagem destaca o motivo desse crescimento acelerado e apresenta alguns números, fornecidos pelo aplicativo iFood, que ilustram bem a evolução deste mercado. “De dezembro de 2019 até dezembro de 2020 os pedidos de comida aumentaram 86% no iFood, e de março a dezembro de 2020 foram registrados 100 mil novos restaurantes cadastrados no aplicativo”.
São números expressivos, que reforçam um comportamento que já vinha ocorrendo antes mesmo da pandemia, mas que se intensificou. Não pode ser considerado simplesmente um “modismo” ou algo passageiro, e sim uma realidade a partir dos novos hábitos de consumo da sociedade e a mudança nos padrões de comportamento dos consumidores.
As cozinhas compartilhadas crescem, então, para suprirem essas novas necessidades e otimizarem o trabalho, o tempo e evitarem desperdícios, permitindo que a intensa demanda atual seja atendida de maneira eficiente pelos operadores de foodservice.
Mas afinal, o que são as dark e cloud kitchens?
Elas são modelos de negócio 100% delivery e que operam sem salão, ou seja, sem a interatividade física com o cliente no momento do consumo – é daí que surge o termo dark kitchen (ou cozinha cega). A grande diferença entre uma dark e cloud kitchen (ou cozinha na “nuvem”) é que denominamos de “cloud” somente as cozinhas sem salão que também possuem mindset ou mentalidade digital, isto é, nascem já informatizadas com armazenamento de dados na nuvem, com uma plataforma de gestão por indicadores, dados e algoritmos, e integradas às plataformas de vendas e distribuição.
Mas é claro que existem diversos modelos de dark e cloud kitchens que podem ser adotados a depender do tipo de negócio e das suas necessidades específicas. Inclusive, nós da Galunion desenvolvemos no ano de 2020 a cartilha “Como Recompor as Vendas do Seu Restaurante” e nela você pode conferir alguns desses modelos e compreendê-los melhor!
Neste caso, a reportagem cita o modelo de co-working de cozinhas que possibilita vários restaurantes operarem em apenas um local, aumentando a eficiência e a produtividade. “Um funcionário pode fazer saladas e pratos executivos na hora do almoço e à noite pode fazer pizza, por exemplo. Tem ainda a economia com o local, porque não precisa ser montada em um ponto comercial caro.”
Uma nova oportunidade!
Todos esses fatores tornam as dark e cloud kitchens uma grande oportunidade para operadores de restaurantes, seja para salvarem seus negócios em períodos de crise, ou seja, para alavancarem seus resultados e poderem proporcionar experiências de valor aos clientes. “O que a gente vê de todos os donos de restaurante é que precisam ser mais competitivos, estão entrando em um mercado onde o consumidor também está mais restrito de dinheiro, então como é que vão fazer isso? Se tiverem pessoas que saibam ajudar no desperdício dos alimentos, vai ser muito importante!”, pontuou Simone Galante, fundadora e CEO da Galunion.
O fato é que muitos ainda enxergam esse modelo de negócio como “o inimigo” por provocar algumas incertezas, apesar de já se mostrar uma realidade no setor. E é natural este temor pelo desconhecido, afinal, tudo o que é novo traz inseguranças…. porém é fato de que as transformações estão acontecendo e você pode optar por conhecer mais, adotando o que for positivo para o seu negócio!